Quem é que dá alimento aos corvos quando os filhotes gritam e se agitam dentro do ninho por não terem o que comer? Jó 38.41
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Lamentações 3
Lamentações 4
Lamentações 5
João 18.1-27

Lamentações 3


1
EU VI DE frente o terrível sofrimento que Deus, cheio de ira, mandou sobre o seu povo.
2
Ele me fez andar na mais completa escuridão; eu nem podia ver a luz.
3
É verdade, Ele estava contra mim. De dia e de noite, a sua mão pesava sobre mim.
4
Ele me fez ficar velho, por fora e por dentro. Quebrou os meus ossos.
5
Ele declarou guerra contra mim. Cercou a minha vida de dor e sofrimento.
6
Ele me obrigou a morar em lugares escuros como túmulos.
7
Ele me cercou com paredes altas. Estou preso! Não posso escapar! Além disso, Ele colocou pesadas correntes nos meus pés.
8
E não adianta gritar e chamar por Ele. Deus não quer ouvir a minha oração!
9
Ele colocou grandes pedras no meu caminho, para não me deixar passar; a minha estrada ficou cheia de desvios.
10
Ele se escondeu como um urso, como um leão, para me atacar de surpresa.
11
Ele me agarrou, me arrastou para fora do caminho, e me partiu em pedaços. Lá fiquei, sozinho, sangrando.
12
O Senhor preparou o seu arco e disparou suas flechas diretamente contra mim.
13
Elas se cravaram no meu coração.
14
Todo o meu povo ri às minhas custas. Chegaram a fazer música sobre mim e as cantam sem parar.
15
Ele me encheu de amargura: a vida que Ele me deu foi amarga como fel.
16
Minha comida foi pó e pedra; quebrei os meus dentes. Ele me cobriu de cinza e pó.
17
A paz e a tranqüilidade sumiram da minha vida. Já não sei o que é a alegria.
18
Já não tenho amor-próprio; até a esperança que eu tinha no Senhor desapareceu.
19
Ó Deus, lembre-se do sofrimento e da dor, da grande amargura que o Senhor me fez passar.
20
Eu nunca poderei esquecer aqueles dias tão horríveis; quando me lembro, perco até a vontade de viver.
21
Eu quero lembrar aquilo que pode me dar um pouco de esperança na vida.
22
O grande amor de Deus nunca termina. A única razão por que não fomos completamente destruídos é a misericórdia do Senhor.
23
A fidelidade de Deus é grande; o seu amor cuidadoso é sempre novo, a cada dia que passa.
24
O que eu realmente quero na vida é o Senhor; viver junto com Ele. Por isso vou colocar toda a minha esperança nEle.
25
O Senhor é bom para os que confiam nEle, para quem O procura de coração.
26
Vale muito esperar com paciência a salvação que o Senhor dá.
27
É bom para o jovem agüentar a disciplina
28
ficar sentado, sozinho e quieto, ouvindo as ordens de Deus.
29
O jovem deve se humilhar diante de Deus, porque finalmente a esperança pode surgir.
30
Quando alguém lhe bater, ele deve mostrar a outra face; deve aceitar os insultos sem devolver
31
porque Deus não o deixará sofrer para sempre.
32
Mesmo que Deus deixe uma pessoa sofrer, Ele também vai mostrar o seu amor a essa pessoa, porque tem amor demais para dar.
33
Deus não tem prazer em dar sofrimento e tristeza ao homem.
34
Mas vocês maltrataram os pobres e humildes; tiraram os direitos deles e torceram a justiça. Não é de admirar que o Senhor tenha feito vocês sofreram tanto!
37
Pois, quem pode atacar vocês sem a permissão do Senhor?
38
Deus é quem dá, tanto a alegria, como o sofrimento.
39
Por que então nós, simples homens, reclamamos quando recebemos o castigo por nossos pecados?
40
Em vez disso, devemos examinar nossa própria vida, devemos nos arrepender de nossos pecados e voltar para o Senhor.
41
Vamos levantar as nossas mãos e os nossos corações a Deus que está no céu, e confessar nossa culpa:
42
"Nós pecamos e fomos rebeldes contra o Senhor." Ele não esqueceu.
43
A sua ira, Senhor, foi como uma enchente que nos arrastou. O Senhor nos perseguiu e nos matou sem dó nem piedade.
44
O Senhor se escondeu atrás de um véu de nuvens, para as nossas orações não chegarem aos seus ouvidos.
45
O Senhor nos transformou no lixo das nações da terra.
46
Todos os nossos inimigos nos ameaçam e nos criticam.
47
Vivemos cheios de medo; a solidão, a destruição e a morte são as nossas companheiras.
48
Os meus olhos choram, sem parar, rios contínuos de lágrimas, por causa da destruição do meu povo.
50
Quem me dera que o Senhor olhasse lá do céu e atendesse os meus pedidos!
51
Quando eu vejo o que acontece às moças de Jerusalém, o meu coração se quebra de tanta dor!
52
Os meus inimigos, a quem eu nunca fiz mal algum, me caçaram como se eu fosse um passarinho.
53
Eles me jogaram dentro de um poço e colocaram uma enorme pedra sobre a boca do poço, para eu não sair.
54
A água chegou à altura da minha cabeça; eu pensei: "Vou morrer afogado".
55
Mas lá no fundo do poço, Senhor, eu chamei o seu nome
56
e o Senhor me ouviu; não tampou os seus ouvidos aos meus pedidos, ao meu grito por socorro.
57
Sim, o Senhor ouviu o meu pedido desesperado e me disse: "Não precisa ter medo".
58
Ó Deus, o Senhor foi o meu advogado de defesa. O Senhor salvou a minha vida.
59
O Senhor viu a injustiça que estavam fazendo comigo. Seja o meu Advogado; mostre a todos que eu estou certo.
60
O Senhor viu os planos terríveis que os meus inimigos fizeram contra mim.
61
O Senhor ouve os nomes desprezíveis que eles me dão
62
tudo o que dizem sobre mim e seus planos secretos ditos de ouvido em ouvido.
63
O Senhor vê tudo o que eles fazem, e como cantam zombando de mim!
64
Ó Senhor, castigue esses homens pela maldade que fizeram.
65
Endureça o seu coração! Lance sobre eles a sua maldição!
66
Persiga-os sem piedade, e acabe com eles debaixo dos céus do Senhor!

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Lamentações 4


1
O OURO PERDEU o brilho! As paredes do templo, que eram revestidas de ouro, foram derrubadas e as suas pedras estão espalhadas pelas ruas!
2
Os jovens de Jerusalém, que antes valiam o seu peso em ouro, agora valem menos que um pote feito de barro.
3
Até os cachorros do mato dão comida aos seus filhotes, mas as mulheres de Israel não; elas são como as avestruzes, nem dão importância a seus filhos que choram de fome. A língua do bebê fica presa no céu da boca, por causa da sede; as crianças pedem um pedacinho de pão, mas nem isso sobrou.
5
Os que comiam sempre do bom e do melhor, desmaiam em plena rua, por falta de comida. As pessoas que viviam em palácios, agora reviram os montes de lixo, procurando alguma coisa para comer!
6
O pecado de Jerusalém é o maior que o de Sodoma; o castigo de Sodoma foi terrível, e aconteceu de repente, sem qualquer ação humana.
7
Os nossos príncipes tinham a pele clara e bonita; valiam mais que pedras preciosas de coral e safira;
8
mas agora a sua pele está escura como carvão. Já nem se pode reconhecê-los na rua! Estão que é só pele e osso; sua pele está seca e enrugada.
9
As pessoas que morreram na guerra foram mais felizes que os que estão morrendo de fome, lentamente.
10
As mães que antes eram cheias de amor, cozinharam e comeram seus próprios filhos para não morrerem de fome no meio da destruição de Jerusalém.
11
Mas agora a ira do Senhor já passou. Ele já despejou sobre nós toda ela. Ele acendeu um fogo que queimou Jerusalém de alto a baixo.
12
Nenhum rei da terra poderia imaginar que um exército conseguisse entrar em Jerusalém; ninguém poderia pensar que isso fosse acontecer!
13
Mas Deus deixou tudo acontecer por causa dos pecados dos profetas e sacerdotes, que mataram gente inocente dentro de Jerusalém.
14
Agora esses homens andam sem destino pelas ruas, como cegos. Vivem sujos de sangue, e todos têm nojo deles; são imundos, e não se pode tocar neles.
15
"Sumam daqui! Vão embora!" é o que o povo grita nas ruas. "Vocês são imundos!" Eles fogem para outros países, mas lá também ninguém os deixa viver sossegados!
16
O Senhor castigou esses homens, espalhando-os pelo mundo. Ele nem dá mais atenção a eles, porque perseguiram os sacerdotes e líderes, que foram fiéis a Deus.
17
Esperamos e esperamos que nossos aliados viessem nos salvar, mas foi tudo em vão. Do alto dos muros de Jerusalém, esperamos ajuda de um povo que nem se mexeu para nos ajudar.
18
Quem saía de casa e andava pelas ruas, corria perigo de vida. O nosso fim está muito perto; nossos dias estão contados. Não temos como escapar.
19
Nossos inimigos são mais rápidos que as águias; fugimos para as montanhas, mas eles nos alcançaram; corremos para o deserto, porém eles já tinham preparado uma armadilha para nos prender.
20
O nosso rei - a fonte da nossa vida, o homem escolhido pelo Senhor - foi preso numa dessas armadilhas que nossos inimigos armaram. E nós pensávamos que o nosso rei nos daria sempre uma vida calma e tranqüila entre as outras nações!
21
Povo de Edom, por enquanto você pode se alegrar, mas logo também vai sentir a terrível ira do Senhor. Você vai cair como um bêbado e sofrerá uma grande vergonha.
22
O castigo de Jerusalém acabará, quando terminar sua escravidão; depois disso os judeus nunca mais serão escravos. Os pecados de Edom, porém, nunca serão perdoados.

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Lamentações 5


1
SENHOR, LEMBRE-SE de tudo o que aconteceu conosco ! Veja só a tremenda vergonha que estamos passando!
2
A nossa terra, as nossas casas, agora pertencem a estrangeiros.
3
Somos órfãos! Nosso pai morreu, nossa mãe ficou viúva.
4
Temos de pagar até a água que bebemos; até a lenha para cozinhar, e para esquentar nossa casa no inverno, nós temos de comprar!
5
Os que nos venceram na guerra nos obrigam a trabalhar como animais de carga, sem descanso.
6
Para conseguir comida e não morrer de fome, precisamos pedir esmolas, pedir ajuda ao Egito e à Assíria.
7
Nossos pais pecaram, mas morreram antes do castigo chegar. Nós é que estamos pagando pelos pecados deles.
8
Os povos que antes dominávamos, agora controlam nossa vida. Não há ninguém que possa nos tirar dessa situação tão triste.
9
Quem sai de casa para tentar conseguir comida para sua família, corre perigo de ser morto pelos bandidos.
10
A nossa pele seca e escurece por causa da fome que é um fogo por dentro.
11
Em Jerusalém e nas outras cidades de Judá, as mulheres e moças são violadas em plena rua.
12
O inimigo enforcou nossos príncipes e maltratou nossos velhos.
13
Obrigaram os jovens a moer cereal com pedras muito pesadas; as crianças caem com o peso da lenha que são obrigadas a carregar!
14
Os velhos já não podem mais sentar calmamente e observar o movimento na entrada da cidade; os meninos e meninas não podem mais brincar pelas ruas.
15
A alegria que havia em nossos corações desapareceu; nossa felicidade virou dor e tristeza!
16
Nosso orgulho acabou! Somos como um rei que perdeu o reino e a coroa. E tudo isso por causa do nosso pecado!
17
Nossos corações estão fracos; nem temos mais vontade de viver. Nossos olhos não conseguem mais enxergar.
18
Jerusalém e o templo do Senhor estão destruídos e desertos; aqui e ali aparece um animal entre as ruínas.
19
Mas Senhor, o Senhor é sempre o mesmo! O Senhor é o Rei eterno.
20
Por que o Senhor se esqueceu de nós para sempre? Por que nos abandonou por tanto tempo?
21
Obrigue-nos a mudar de direção, Senhor! Faça-nos voltar ao Senhor, porque essa é a única esperança de voltarmos a ter a alegria antiga!
22
Será que o Senhor nos abandonou para sempre? Será que continua zangado conosco?

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João 18

1-27
1
Depois de dizer essas coisas, Jesus atravessou o vale de Cedrom com seus discípulos. Do outro lado havia um jardim onde Jesus e seus discípulos entraram.
2
Judas, o traidor, conhecia aquele lugar porque Jesus tinha se encontrado ali muitas vezes com seus discípulos.
3
Então Judas foi para lá com um grupo de soldados e alguns guardas do templo mandados pelos líderes dos sacerdotes e pelos fariseus. Eles estavam armados e levavam lanternas e tochas.
4
Jesus sabia de tudo o que ia acontecer com ele. Por isso caminhou na direção deles e perguntou: “Quem vocês estão procurando?”
5
“Jesus de Nazaré”, eles responderam. “Sou eu”, disse Jesus. Judas, quem o traiu, estava com eles.
6
Quando Jesus disse: "Sou eu”, todos eles recuaram e caíram no chão!
7
Mais uma vez ele perguntou a eles: “Quem vocês estão procurando?” E novamente eles responderam: “Jesus de Nazaré”.
8
“Eu já disse a vocês que sou eu”, disse Jesus. “Se eu sou aquele que vocês querem, deixem os outros irem embora”.
9
Ele fez isso para que se cumprisse o que ele mesmo tinha dito antes: “Eu não perdi nenhum daqueles que você me deu”.
10
Então Simão Pedro puxou uma espada e cortou fora a orelha direita de Malco, servo do sumo sacerdote.
11
Mas Jesus disse a Pedro: “Guarde sua espada! Por acaso você pensa que eu não vou beber o cálice que o Pai me deu?”
12
Então os soldados, o comandante deles e os guardas do templo prenderam Jesus e o amarraram.
13
Primeiramente eles o levaram a Anás, pois ele era o sogro de Caifás, o sumo sacerdote daquele ano.
14
Caifás foi aquele que falou aos outros líderes judeus que era melhor para eles que um homem morresse pelo povo.
15
Simão Pedro seguiu Jesus, assim como outro discípulo. Esse outro discípulo conhecia pessoalmente o sumo sacerdote, e, por isso, ele entrou no pátio do sumo sacerdote com Jesus.
16
Mas Pedro ficou do lado de fora, perto da porta. Então o discípulo que conhecia o sumo sacerdote, saiu e falou com a serva que tomava conta da porta, e ela deixou Pedro entrar.
17
Ela então perguntou a Pedro: “Você não é um dos discípulos daquele homem?” “Não”, ele disse, “não sou”.
18
Por causa do frio, os servos e os guardas tinham feito um fogo de carvão e estavam de pé, em volta dele, se aquecendo. Pedro também estava lá de pé no meio deles, se aquecendo.
19
Lá dentro, o sumo sacerdote começou a perguntar a Jesus sobre seus seguidores e seus ensinamentos.
20
Jesus respondeu: “Todo mundo sabe o que ensino. Sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde o povo se reúne. Nunca falei nada em segredo.
21
Por que você está me perguntando? Pergunte àqueles que me ouviram, pois eles sabem muito bem o que eu disse”.
22
Quando Jesus falou isso, um dos guardas do templo que estava perto lhe bateu no rosto e disse: “É assim que responde ao sumo sacerdote?”
23
Jesus respondeu: “Se eu disse algo de errado, fale o que está errado. Mas se falei a verdade, por que me bateu?”
24
Então Anás enviou Jesus, ainda amarrado, para Caifás, o sumo sacerdote.
25
Enquanto Pedro ainda estava lá, de pé, se aquecendo perto do fogo, perguntaram a ele: “Você não é um dos discípulos dele?” Ele negou, dizendo: "Não, não sou".
26
Um dos servos do sumo sacerdote, parente do homem de quem Pedro tinha cortado fora a orelha, insistiu: “Será que eu não vi você com ele no jardim?”
27
Mais uma vez Pedro negou, e no mesmo instante um galo cantou.

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