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ENTÃO AGRIPA disse a Paulo: "Adiante. Conte-nos a sua história". E assim Paulo, muito entusiasmado, apresentou a sua defesa, dizendo:

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"Estou muito contente, Rei Agripa", começou, "em poder apresentar minha resposta diante de Vossa Majestade"

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"pois eu sei que é um conhecedor das leis e dos costumes dos judeus. Portanto, queira ouvir-me com paciência!"

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"Como os judeus estão muito bem informados, eu recebi uma educação judaica completa desde a minha infância em Tarso e depois em Jerusalém, e vivi de acordo com ela".

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"E se eles quiserem testemunhar, sabem que eu sempre tenho sido o mais severo entre os fariseus, quando se trata da obediência às leis e aos costumes dos judeus".

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"Porém a verdadeira razão por trás das acusações deles é outra - é que eu estou aguardando o cumprimento da promessa de Deus feita aos nossos antepassados".

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"As 12 tribos de Israel esforçam-se na religião noite e dia para alcançar esta mesma esperança que eu tenho! Todavia, ó Rei, em mim isto é um crime, dizem eles!"

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"Mas será crime crer na ressurreição dos mortos? Parece incrível a Vossa Majestade que Deus possa trazer os homens de volta à vida?"

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"Eu costumava pensar que devia fazer muitas coisas terríveis contra os seguidores de Jesus de Nazaré".

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"Aprisionei muitos dos cristãos de Jerusalém, com autorização dos supremos sacerdotes; e quando eram condenados à morte, dava o meu voto contra eles".

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"Eu utilizava tortura para tentar fazer os cristãos por toda parte amaldiçoarem Cristo. Era contra eles com tal violência que persegui todos até em cidades distantes, em terras estrangeiras".

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"Eu ia numa missão assim para Damasco, com a autoridade dos sacerdotes principais"

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"quando no caminho, perto do meio-dia, ó Rei, brilhou sobre mim e meus companheiros uma luz do céu mais resplandecente que a do sol".

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"Todos nós caímos no chão, e eu ouvi uma voz falando-me em hebraico: 'Saulo, Saulo, por que você está Me perseguindo? Você está apenas fazendo mal a você mesmo'".

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"'Quem é o Senhor?' perguntei. E o Senhor respondeu: `Eu sou Jesus, Aquele que você está perseguindo'".

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"`Agora, levante-se e ande. Pois Eu apareci para nomear você como meu servo e pregador da verdade. Você vai falar ao mundo a respeito desta experiência e das outras em que Eu aparecerei ainda a você'".

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"`Você será protegido por mim, tanto do seu próprio povo como dos estrangeiros. Sim, Eu vou enviar você aos estrangeiros'".

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"`A fim de abrir os olhos deles para a sua verdadeira situação, para que eles possam se converter e viver na luz de Deus, em lugar de viverem na escuridão de Satanás; para que possam receber perdão pelos seus pecados e a herança eterna juntamente com todos aqueles cujos pecados são purificados, e que são separados pela fé em Mim'".

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"E portanto, ó Rei Agripa, eu não fui desobediente àquela visão do céu!

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"Preguei primeiramente aos que estavam em Damasco, e depois em Jerusalém e pela Judéia, e também aos não-judeus, dizendo que todos devem abandonar seus pecados e voltar-se para Deus - e provar seu arrependimento com a prática de obras dignas".

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"Os judeus me prenderam no templo por pregar isto e tentaram me matar"

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"mas Deus me protegeu, de modo que eu ainda estou vivo hoje para contar estes fatos a todo mundo, tanto aos grandes como aos pequenos. Eu não ensino nada, a não ser o que os profetas e Moisés profetizaram" -

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"que o Messias sofreria, e seria o Primeiro a levantar-se dentre os mortos, para trazer luz aos judeus e também aos das outras nações".

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De repente Festo gritou: "Paulo, você está louco. Os seus longos estudos perturbaram a sua cabeça!"

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Mas Paulo respondeu: "Não estou louco, Excelentíssimo Festo. Eu falo palavras de juízo perfeito"

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"e o Rei Agripa sabe destas coisas. Falo abertamente porque tenho certeza de que estes acontecimentos são todos do conhecimento dele, pois não se passaram ás escondidas".

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"Rei Agripa, Vossa Majestade crê nos profetas? Eu sei que sim".

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Agripa o interrompeu: "Com provas pequenas assim, você espera que me torne cristão?"

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E Paulo respondeu: "Que Deus permitisse que, embora as minhas provas fossem fracas ou poderosas, tanto Vossa Majestade como todos os demais que estão aqui neste auditório pudessem se tornar o mesmo que eu sou, mas sem estas correntes".

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Então o rei, o governador, Berenice e todos os outros se levantaram e saíram.

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Quando conversavam entre si depois disso, eles concordaram: "este homem não fez nada que mereça a morte ou a prisão".

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E Agripa disse a Festo: "Ele poderia ser solto, se não tivesse apelado para César!"