Respondeu o Senhor: Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas; Lucas 10.41
Leitura diária na versão Nova Versão Internacional - Português


Lamentações 1
Lamentações 2
João 17

Lamentações 1


1
[1]Como está deserta a cidade, antes tão cheia de gente! Como se parece com uma viúva, a que antes era grandiosa entre as nações! A que era a princesa das províncias agora tornou-se uma escrava.
2
Chora amargamente à noite, as lágrimas rolam por seu rosto. De todos os seus amantes nenhum a consola. Todos os seus amigos a traíram; tornaram-se seus inimigos.
3
Em aflição e sob trabalhos forçados, Judá foi levado ao exílio. Vive entre as nações sem encontrar repouso. Todos os que a perseguiram a capturaram em meio ao seu desespero.
4
Os caminhos para Sião pranteiam, porque ninguém comparece às suas festas fixas. Todas as suas portas estão desertas, seus sacerdotes gemem, suas moças se entristecem, e ela se encontra em angústia profunda.
5
Seus adversários são os seus chefes; seus inimigos estão tranqüilos. O Senhor lhe trouxe tristeza por causa dos seus muitos pecados. Seus filhos foram levados ao exílio, prisioneiros dos adversários.
6
Todo o esplendor fugiu da cidade[2] de Sião. Seus líderes são como corças que não encontram pastagem; sem forças fugiram diante do perseguidor.
7
Nos dias da sua aflição e do seu desnorteio Jerusalém se lembra de todos os tesouros que lhe pertenciam nos tempos passados. Quando o seu povo caiu nas mãos do inimigo, ninguém veio ajudá-la. Seus inimigos olharam para ela e zombaram da sua queda.
8
Jerusalém cometeu graves pecados; por isso tornou-se impura. Todos os que a honravam agora a desprezam, porque viram a sua nudez; ela mesma geme e se desvia deles.
9
Sua impureza prende-se às suas saias; ela não esperava que chegaria o seu fim. Sua queda foi surpreendente; ninguém veio consolá-la. "Olha, Senhor, para a minha aflição, pois o inimigo triunfou."
10
O adversário saqueia todos os seus tesouros; ela viu nações pagãs entrarem em seu santuário, sendo que tu as tinhas proibido de participar das tuas assembléias.
11
Todo o seu povo se lamenta enquanto vai em busca de pão; e, para sobreviverem, trocam tesouros por comida. Olha, Senhor, e considera, pois tenho sido desprezada.
12
Vocês não se comovem, todos vocês que passam por aqui? Olhem ao redor e vejam se há sofrimento maior do que o que me foi imposto, e que o Senhor trouxe sobre mim no dia em que se acendeu a sua ira.
13
Do alto ele fez cair fogo sobre os meus ossos. Armou uma rede para os meus pés e me derrubou de costas. Deixou-me desolada, e desfalecida o dia todo.
14
Os meus pecados foram amarrados num jugo; suas mãos os ataram todos juntos, e os colocaram em meu pescoço; o Senhor abateu a minha força. Ele me entregou àqueles que não consigo vencer.
15
O Senhor dispersou todos os guerreiros que me apoiavam; convocou um exército contra mim para destruir os meus jovens. O Senhor pisou no seu lagar a virgem, a cidade de Judá.
16
É por isso que eu choro; as lágrimas inundam os meus olhos. Ninguém está por perto para consolar-me, não há ninguém que restaure o meu espírito. Meus filhos estão desamparados porque o inimigo prevaleceu.
17
Suplicante, Sião estende as mãos, mas não há quem a console. O Senhor decretou que os vizinhos de Jacó se tornem seus adversários; Jerusalém tornou-se coisa imunda entre eles.
18
O Senhor é justo, mas eu me rebelei contra a sua ordem. Ouçam, todos os povos; olhem para o meu sofrimento. Meus jovens e minhas moças foram para o exílio.
19
Chamei os meus aliados, mas eles me traíram. Meus sacerdotes e meus líderes pereceram na cidade, enquanto procuravam comida para poderem sobreviver.
20
Veja, Senhor, como estou angustiada! Estou atormentada no íntimo, e no meu coração me perturbo pois tenho sido muito rebelde. Lá fora, a espada a todos consome; dentro, impera a morte.
21
Os meus lamentos têm sido ouvidos, mas não há ninguém que me console. Todos os meus inimigos sabem da minha agonia; eles se alegram com o que fizeste. Quem dera trouxesses o dia que anunciaste para que eles ficassem como eu!
22
Que toda a maldade deles seja conhecida diante de ti; faze com eles o que fizeste comigo por causa de todos os meus pecados. Os meus gemidos são muitos e o meu coração desfalece.

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Lamentações 2


1
O Senhor cobriu a cidade de Sião com a nuvem da sua ira! Lançou por terra o esplendor de Israel, que se elevava para os céus; não se lembrou do estrado dos seus pés no dia da sua ira.
2
Sem piedade o Senhor devorou todas as habitações de Jacó; em sua ira destruiu as fortalezas da filha de Judá. Derrubou ao chão e desonrou o seu reino e os seus líderes.
3
Em sua flamejante ira, cortou todo o poder[3] de Israel. Retirou a sua mão direita diante da aproximação do inimigo. Queimou Jacó como um fogo ardente que consome tudo ao redor.
4
Como um inimigo, preparou o seu arco; como um adversário, a sua mão direita está pronta. Ele massacrou tudo o que era agradável contemplar; derramou sua ira como fogo sobre a tenda da cidade de Sião.
5
O Senhor é como um inimigo; ele tem devorado Israel. Tem devorado todos os seus palácios e destruído as suas fortalezas. Tem feito multiplicar os prantos e as lamentações da filha de Judá.
6
Ele destroçou a sua morada como se fosse um simples jardim; destruiu o seu local de reuniões. O Senhor fez esquecidas em Sião suas festas fixas e seus sábados; em seu grande furor rejeitou o rei e o sacerdote.
7
O Senhor rejeitou o seu altar e abandonou o seu santuário. Entregou aos inimigos os muros dos seus palácios, e eles deram gritos na casa do Senhor, como fazíamos nos dias de festa.
8
O Senhor está decidido a derrubar os muros da cidade de Sião. Esticou a trena e não poupou a sua mão destruidora. Fez com que os muros e as paredes se lamentassem; juntos eles desmoronaram.
9
Suas portas caíram por terra; suas trancas ele quebrou e destruiu. O seu rei e os seus líderes foram exilados para diferentes nações, e a lei já não existe; seus profetas já não recebem visões do Senhor.
10
Os líderes da cidade de Sião sentam-se no chão em silêncio; despejam pó sobre a cabeça e usam vestes de lamento. As moças de Jerusalém inclinam a cabeça até o chão.
11
Meus olhos estão cansados de chorar, minha alma está atormentada, meu coração se derrama, porque o meu povo está destruído, porque crianças e bebês desmaiam pelas ruas da cidade.
12
Eles clamam às suas mães: "Onde estão o pão e o vinho?" Ao mesmo tempo em que desmaiam pelas ruas da cidade, como os feridos, e suas vidas se desvanecem nos braços de suas mães.
13
Que posso dizer a seu favor? Com que posso compará-la, ó cidade de Jerusalém? Com que posso assemelhá-la, a fim de trazer-lhe consolo, ó virgem, ó cidade de Sião? Sua ferida é tão profunda quanto o oceano; quem pode curá-la?
14
As visões dos seus profetas eram falsas e inúteis; eles não expuseram o seu pecado para evitar o seu cativeiro. As mensagens que eles lhe deram eram falsas e enganosas.
15
Todos os que cruzam o seu caminho batem palmas; eles zombam e meneiam a cabeça diante da cidade de Jerusalém: "É esta a cidade que era chamada a perfeição da beleza, a alegria de toda a terra?"
16
Todos os seus inimigos escancaram a boca contra você; eles zombam, rangem os dente se dizem: "Nós a devoramos. Este é o dia que esperávamos; e eis que vivemos até vê-lo chegar!"
17
O Senhor fez o que planejou; cumpriu a sua palavra, que há muito havia decretado. Derrubou tudo sem piedade, permitiu que o inimigo zombasse de você, exaltou o poder dos seus adversários.
18
O coração do povo clama ao Senhor. Ó muro da cidade de Sião, corram como um rio as suas lágrimas dia e noite; não se permita nenhum descanso nem dê repouso à menina dos seus olhos.
19
Levante-se, grite no meio da noite, quando começam as vigílias noturnas; derrame o seu coração como água na presença do Senhor. Levante para ele as mãos em favor da vida de seus filhos, que desmaiam de fome nas esquinas de todas as ruas.
20
Olha, Senhor, e considera: A quem trataste dessa maneira? Deverão as mulheres comer seus próprios filhos, que elas criaram com tanto amor? Deverão os profetas e os sacerdotes ser assassinados no santuário do Senhor?
21
Jovens e velhos espalham-se em meio ao pó das ruas; meus jovens e minhas virgens caíram mortos à espada. Tu os sacrificaste no dia da tua ira; tu os mataste sem piedade.
22
Como se faz convocação para um dia de festa, convocaste contra mim terrores por todos os lados. No dia da ira do Senhor, ninguém escapou nem sobreviveu; aqueles dos quais eu cuidava e que eu fiz crescer, o meu inimigo destruiu.

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João 17


1
Depois de dizer isso, Jesus olhou para o céu e orou: Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique.
2
Pois lhe deste autoridade sobre toda a humanidade[81], para que conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.
3
Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
4
Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer.
5
E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse.
6
Eu revelei teu nome àqueles que do mundo me deste. Eles eram teus; tu os deste a mim, e eles têm obedecido à tua palavra.
7
Agora eles sabem que tudo o que me deste vem de ti.
8
Pois eu lhes transmiti as palavras que me deste, e eles as aceitaram. Eles reconheceram de fato que vim de ti e creram que me enviaste.
9
Eu rogo por eles. Não estou rogando pelo mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus.
10
Tudo o que tenho é teu, e tudo o que tens é meu. E eu tenho sido glorificado por meio deles.
11
Não ficarei mais no mundo, mas eles ainda estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, protege-os em teu nome, o nome que me deste, para que sejam um, assim como somos um.
12
Enquanto estava com eles, eu os protegi e os guardei no nome que me deste. Nenhum deles se perdeu, a não ser aquele que estava destinado à perdição[82], para que se cumprisse a Escritura.
13
Agora vou para ti, mas digo estas coisas enquanto ainda estou no mundo, para que eles tenham a plenitude da minha alegria.
14
Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou.
15
Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno.
16
Eles não são do mundo, como eu também não sou.
17
Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
18
Assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo.
19
Em favor deles eu me santifico, para que também eles sejam santificados pela verdade.
20
Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles,
21
para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
22
Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um:
23
eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste.
24
Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou e vejam a minha glória, a glória que me deste porque me amaste antes da criação do mundo.
25
Pai justo, embora o mundo não te conheça, eu te conheço, e estes sabem que me enviaste.
26
Eu os fiz conhecer o teu nome, e continuarei a fazê-lo, a fim de que o amor que tens por mim esteja neles, e eu neles esteja.

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