Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas porque o tempo está próximo. Apocalipse 1.3.
FAZIA UM ANO que Saul era rei. No segundo ano do seu reinado
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escolheu três mil soldados especiais e levou consigo dois mil desses homens a Micmás e ao Monte Betel, enquanto os outros mil ficaram com Jônatas, filho de Saul, em Gibeá, na terra de Benjamim. Mandou o restante do exército para casa.
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Jônatas atacou e destruiu a guarnição dos filisteus localizada em Geba. A notícia se espalhou rapidamente por toda a terra dos filisteus, e Saul mandou tocar a trombeta por toda a terra de Israel, anunciando que havia destruído a guarnição dos filisteus, e ao mesmo tempo avisava as tropas israelitas que elas eram odiadas pelos filisteus. Assim, todo o exército de Israel pegou em armas novamente e se reuniu em Gilgal.
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Os filisteus formaram um poderoso exército de três mil carros de guerra, seis mil cavaleiros e tantos soldados como a areia da praia, e se acamparam em Micmás, que fica ao leste de Bete-Aven.
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Quando os homens de Israel viram aquela enorme quantidade de soldados inimigos, perderam a coragem por completo e procuraram esconder-se nas cavernas, nas moitas, nos esconderijos, entre as rochas, e mesmo nos túmulos e nos poços.
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Alguns deles atravessaram o rio Jordão e fugiram para a terra de Gade e Gileade. Enquanto isto, Saul ficou em Gilgal, e os que estavam com ele tremiam de medo.
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Samuel havia dito a Saul que esperasse a sua chegada durante sete dias, mas como Samuel não tinha vindo, os soldados começaram a debandar rapidamente.
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Em vista disso, o próprio Saul resolveu apresentar o sacrifício queimado e as ofertas de paz.
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Mas, justamente quando ele terminava, Samuel chegou. Saul saiu para encontrá-lo e receber a sua bênção
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porém Samuel perguntou: "Que é isto que você fez?" "Bem", respondeu Saul, ''quando vi que meus homens se iam espalhando daqui, e que você não chegava no prazo marcado, e os filisteus estavam em Micmás, prontos para a batalha
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eu disse para mim mesmo: 'Os filisteus estão prontos para marchar contra nós, e eu não pedi o auxílio do Senhor!' Por isso, contra a minha vontade, ofereci o sacrifício queimado, sem esperar a sua chegada."
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"Louco!" exclamou Samuel. "Você desobedeceu ao mandamento do Senhor seu Deus. Ele tinha planos de fazer você e seus filhos reis de Israel para sempre
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mas agora esses planos vão terminar. O Senhor quer um homem que obedeça ao que Ele diz. E Ele descobriu o homem que deseja, e já o indicou como rei sobre o seu povo; pois você não obedeceu ao mandamento do Senhor."
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Então Samuel saiu de Gilgal e foi para Gibeá, na terra de Benjamim. Quando Saul contou os soldados que ainda estavam com ele, verificou que haviam ficado somente uns seiscentos homens!
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Saul, Jônatas e mais esses seiscentos homens estabeleceram seu acampamento em Geba, na terra de Benjamim; porém os filisteus permaneceram em Micmás.
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Três batalhões de atacantes deixaram o acampamento dos filisteus; um deles foi em direção de Ofra, na terra de Saul;
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outro foi para Bete-Horom, e o terceiro tomou o caminho da fronteira, acima do vale de Zeboim, próximo ao deserto.
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Não havia nenhum ferreiro em toda a terra de Israel naqueles dias, pois os filisteus não permitiam, temendo que eles fabricassem espadas e lanças para os hebreus.
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Assim, sempre que os israelitas tinham de afiar as peças de ferro dos seus arados, os machados ou as enxadas, era preciso levar essas ferramentas aos ferreiros filisteus.
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As ferramentas dos israelitas estavam todas cegas, não cortavam nada, e não se podia aguçar nem mesmo uma simples ponta de aguilhão.
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Por isso não havia uma única espada ou lança em todo o exército de Israel naquele dia; somente Saul e Jônatas é que tinham espadas e lanças.
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Nesse meio tempo, o desfiladeiro de Micmás caiu em poder dos filisteus.