Porque assim diz o Senhor dos Exércitos: "Ele me enviou para buscar a sua glória entre as nações que saquearam vocês, porque todo o que tocar em vocês, toca na menina dos olhos dele". Zacarias 2.8
Daily reading in version Nova Versão Internacional - Portuguese


Lamentações 3
Lamentações 4
Lamentações 5
João 18.1-27

Lamentações 3


1
Eu sou o homem que viu a aflição trazida pela vara da sua ira.
2
Ele me impeliu e me fez andar na escuridão, e não na luz;
3
sim, ele voltou sua mão contra mim vez após vez, o tempo todo.
4
Fez que a minha pele e a minha carne envelhecesse me quebrou os meus ossos.
5
Ele me sitiou e me cercou de amargura e de pesar.
6
Fez-me habitar na escuridão como os que há muito morreram.
7
Cercou-me de muros, e não posso escapar; atou-me a pesadas correntes.
8
Mesmo quando chamo ou grito por socorro, ele rejeita a minha oração.
9
Ele impediu o meu caminho com blocos de pedra; e fez tortuosas as minhas sendas.
10
Como um urso à espreita, como um leão escondido,
11
arrancou-me do caminho e despedaçou-me, deixando-me abandonado.
12
Preparou o seu arco e me fez alvo de suas flechas.
13
Atingiu o meu coração com flechas de sua aljava.
14
Tornei-me objeto de riso de todo o meu povo; nas suas canções eles zombam de mim o tempo todo.
15
Fez-me comer ervas amarga se fartou-me de fel.
16
Quebrou os meus dentes com pedras; e pisoteou-me no pó.
17
Tirou-me a paz; esqueci-me o que é prosperidade.
18
Por isso, digo: "Meu esplendor já se foi, bem como tudo o que eu esperava do Senhor".
19
Lembro-me da minha aflição e do meu delírio, da minha amargura e do meu pesar.
20
Lembro-me bem disso tudo, e a minha alma desfalece dentro de mim.
21
Todavia, lembro-me também do que pode me dar esperança:
22
Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis.
23
Renovam-se cada manhã; grande é a sua fidelidade!
24
Digo a mim mesmo: A minha porção é o Senhor; portanto, nele porei a minha esperança.
25
O Senhor é bom para com aqueles cuja esperança está nele, para com aqueles que o buscam;
26
é bom esperar tranqüilo pela salvação do Senhor.
27
É bom que o homem suporte o jugo enquanto é jovem.
28
Leve-o sozinho e em silêncio, porque o Senhor o pôs sobre ele.
29
Ponha o seu rosto no pó; talvez ainda haja esperança.
30
Ofereça o rosto a quem o quer ferir, e engula a desonra.
31
Porque o Senhor não o desprezará para sempre.
32
Embora ele traga tristeza, mostrará compaixão, tão grande é o seu amor infalível.
33
Porque não é do seu agrado trazer aflição e tristeza aos filhos dos homens,
34
esmagar com os pés todos os prisioneiros da terra,
35
negar a alguém os seus direitos, enfrentando o Altíssimo,
36
impedir a alguém o acesso à justiça; não veria o Senhor tais coisas?
37
Quem poderá falar e fazer acontecer, se o Senhor não o tiver decretado?
38
Não é da boca do Altíssimo que vêm tanto as desgraças como as bênçãos?
39
Como pode um homem reclamar quando é punido por seus pecados?
40
Examinemos e coloquemos à prova os nossos caminhos, e depois voltemos ao Senhor.
41
Levantemos o coração e as mãos para Deus, que está nos céus, e digamos:
42
Pecamos e nos rebelamos, e tu não nos perdoaste.
43
Tu te cobriste de ira e nos perseguiste, massacraste-nos sem piedade.
44
Tu te escondeste atrás de uma nuvem para que nenhuma oração chegasse a ti.
45
Tu nos tornaste escória e refugo entre as nações.
46
Todos os nossos inimigos escancaram a boca contra nós.
47
Sofremos terror e ciladas, ruína e destruição.
48
Rios de lágrimas correm dos meus olhos porque o meu povo foi destruído.
49
Meus olhos choram sem parar, sem nenhum descanso,
50
até que o Senhor contemple dos céus e veja.
51
O que eu enxergo enche-me a alma de tristeza, de pena de todas as mulheres da minha cidade.
52
Aqueles que, sem motivo, eram meus inimigos caçaram-me como a um passarinho.
53
Procuraram fazer minha vida acabar na cova e me jogaram pedras;
54
as águas me encobriram a cabeça, e cheguei a pensar que o fim de tudo tinha chegado.
55
Clamei pelo teu nome, Senhor, das profundezas da cova.
56
Tu ouviste o meu clamor: "Não feches os teus ouvidos aos meus gritos de socorro".
57
Tu te aproximaste quando a ti clamei, e disseste: "Não tenha medo".
58
Senhor, tu assumiste a minha causa; e redimiste a minha vida.
59
Tu tens visto, Senhor, o mal que me tem sido feito. Toma a teu cargo a minha causa!
60
Tu viste como é terrível a vingança deles, todas as suas ciladas contra mim.
61
Senhor, tu ouviste os seus insultos, todas as suas ciladas contra mim,
62
aquilo que os meus inimigos sussurra me murmuram o tempo todo contra mim.
63
Olha para eles! Sentados ou em pé, zombam de mim com as suas canções.
64
Dá-lhes o que merecem, Senhor, conforme o que as suas mãos têm feito.
65
Coloca um véu sobre os seus coraçõe se esteja a tua maldição sobre eles.
66
Persegue-os com fúria e elimina-os de debaixo dos teus céus, ó Senhor.

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Lamentações 4


1
Como o ouro perdeu o brilho! Como o ouro fino ficou embaçado! As pedras sagradas estão espalhadas pelas esquinas de todas as ruas.
2
Como os preciosos filhos de Sião, que antes valiam seu peso em ouro, hoje são considerados como vasos de barro, obra das mãos de um oleiro!
3
Até os chacais oferecem o peito para amamentar os seus filhotes, mas o meu povo não tem mais coração; é como as avestruzes do deserto.
4
De tanta sede, a língua dos bebês gruda no céu da boca; as crianças imploram pelo pão, mas ninguém as atende.
5
Aqueles que costumavam comer comidas finas passam necessidade nas ruas. Aqueles que se adornavam de púrpura hoje estão prostrados sobre montes de cinza.
6
A punição do meu povo é maior que a de Sodoma, que foi destruída num instantes em que ninguém a socorresse.
7
Seus príncipes eram mais brilhantes que a neve, mais brancos do que o leite; e tinham a pele mais rosada que rubis; e sua aparência lembrava safiras.
8
Mas agora estão mais negros do que o carvão; não são reconhecidos nas ruas. Sua pele enrugou-se sobre os seus ossos; agora parecem madeira seca.
9
Os que foram mortos à espada estão melhor do que os que morreram de fome, os quais, tendo sido torturados pela fome, definham pela falta de produção das lavouras.
10
Com as próprias mãos, mulheres bondosas cozinharam seus próprios filhos, que se tornaram sua comida quando o meu povo foi destruído.
11
O Senhor deu vazão total à sua ira; derramou a sua grande fúria. Ele acendeu em Sião um fogo que consumiu os seus alicerces.
12
Os reis da terra e os povos de todo o mundo não acreditavam que os inimigos e os adversários pudessem entrar pelas portas de Jerusalém.
13
Dentro da cidade foi derramado o sangue dos justos, por causa do pecado dos seus profetas e das maldades dos seus sacerdotes.
14
Hoje eles tateiam pelas ruas como cegos, e tão sujos de sangue estão, que ninguém ousa tocar em suas vestes.
15
"Vocês estão imundos!", o povo grita para eles. "Afastem-se! Não nos toquem!" Quando eles fogem e andam errantes, os povos das outras nações dizem: "Aqui eles não podem habitar".
16
O próprio Senhor os espalhou; ele já não cuida deles. Ninguém honra os sacerdotes nem respeita os líderes.
17
Nossos olhos estão cansados de buscar ajuda em vão; de nossas torres ficávamos à espera de uma nação que não podia salvar-nos.
18
Cada passo nosso era vigiado; nem podíamos caminhar por nossas ruas. Nosso fim estava próximo, nossos dias estavam contados; o nosso fim já havia chegado.
19
Nossos perseguidores eram mais velozes que as águias nos céus; perseguiam-nos por sobre as montanhas, ficavam de tocaia contra nós no deserto.
20
O ungido do Senhor, o próprio fôlego da nossa vida, foi capturado em suas armadilhas. E nós que pensávamos que sob a sua sombra viveríamos entre as nações!
21
Alegre-se e exulte, ó terra de Edom, você que vive na terra de Uz. Mas a você também será servido o cálice: você será embriagada e as suas roupas serão arrancadas.
22
Ó cidade de Sião, o seu castigo terminará; o Senhor não prolongará o seu exílio. Mas você, ó terra de Edom, ele punirá o seu pecado e porá à mostra a sua perversidade.

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Lamentações 5


1
Lembra-te, Senhor, do que tem acontecido conosco; olha e vê a nossa desgraça.
2
Nossa herança foi entregue aos estranhos, nossas casas, aos estrangeiros.
3
Somos órfãos de pai, nossas mães são como viúvas.
4
Temos que comprar a água que bebemos; nossa lenha, só conseguimos pagando.
5
Aqueles que nos perseguem estão bem próximos; estamos exaustos e não temos como descansar.
6
Submetemo-nos ao Egito e à Assíria para conseguir pão.
7
Nossos pais pecaram e já não existem, e nós recebemos o castigo pelos seus pecados.
8
Escravos dominam sobre nós, e não há quem possa livrar-nos das suas mãos.
9
Conseguimos pão arriscando a vida, enfrentando a espada do deserto.
10
Nossa pele está quente como um forno, febril de tanta fome.
11
As mulheres têm sido violentadas em Sião, e as virgens, nas cidades de Judá.
12
Os líderes foram pendurados por suas mãos; aos idosos não se mostra nenhum respeito.
13
Os jovens trabalham nos moinhos; os meninos cambaleiam sob o fardo de lenha.
14
Os líderes já não se reúnem junto às portas da cidade; os jovens cessaram a sua música.
15
Dos nossos corações fugiu a alegria; nossas danças se transformaram em lamentos.
16
A coroa caiu da nossa cabeça. Ai de nós, porque temos pecado!
17
E por esse motivo o nosso coração desfalece, e os nossos olhos perdem o brilho.
18
Tudo porque o monte Sião está deserto, e os chacais perambulam por ele.
19
Tu, Senhor, reinas para sempre; teu trono permanece de geração em geração.
20
Por que motivo então te esquecerias de nós? Por que haverias de desamparar-nos por tanto tempo?
21
Restaura-nos para ti, Senhor, para que voltemos; renova os nossos dias como os de antigamente,
22
a não ser que já nos tenhas rejeitado completamente e a tua ira contra nós não tenha limite!

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João 18

1-27
1
Tendo terminado de orar, Jesus saiu com os seus discípulos e atravessou o vale do Cedrom. Do outro lado havia um olival, onde entrou com eles.
2
Ora, Judas, o traidor, conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes se reunira ali com os seus discípulos.
3
Então Judas foi para o olival, levando consigo um destacamento de soldados e alguns guardas enviados pelos chefes dos sacerdotes e fariseus, levando tochas, lanternas e armas.
4
Jesus, sabendo tudo o que lhe ia acontecer, saiu e lhes perguntou: "A quem vocês estão procurando?"
5
"A Jesus de Nazaré", responderam eles. "Sou eu", disse Jesus. (E Judas, o traidor, estava com eles. )
6
Quando Jesus disse: "Sou eu", eles recuaram e caíram por terra.
7
Novamente lhes perguntou: "A quem procuram?" E eles disseram: "A Jesus de Nazaré".
8
Respondeu Jesus: "Já lhes disse que sou eu. Se vocês estão me procurando, deixem ir embora estes homens".
9
Isso aconteceu para que se cumprissem as palavras que ele dissera: "Não perdi nenhum dos que me deste" [83].
10
Simão Pedro, que trazia uma espada, tirou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita. (O nome daquele servo era Malco. )
11
Jesus, porém, ordenou a Pedro: "Guarde a espada! Acaso não haverei de beber o cálice que o Pai me deu?"
12
Assim, o destacamento de soldados com o seu comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus. Amarraram-no
13
e o levaram primeiramente a Anás, que era sogro de Caifás, o sumo sacerdote naquele ano.
14
Caifás era quem tinha dito aos judeus que seria bom que um homem morresse pelo povo.
15
Simão Pedro e outro discípulo estavam seguindo Jesus. Por ser conhecido do sumo sacerdote, este discípulo entrou com Jesus no pátio da casa do sumo sacerdote,
16
mas Pedro teve que ficar esperando do lado de fora da porta. O outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, voltou, falou com a moça encarregada da porta e fez Pedro entrar.
17
Ela então perguntou a Pedro: "Você não é um dos discípulos desse homem?" Ele respondeu: "Não sou".
18
Fazia frio; os servos e os guardas estavam ao redor de uma fogueira que haviam feito para se aquecerem. Pedro também estava em pé com eles, aquecendo-se.
19
Enquanto isso, o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e dos seus ensinamentos.
20
Respondeu-lhe Jesus: Eu falei abertamente ao mundo; sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada disse em segredo.
21
Por que me interrogas? Pergunta aos que me ouviram. Certamente eles sabem o que eu disse.
22
Quando Jesus disse isso, um dos guardas que estava perto bateu-lhe no rosto. "Isso é jeito de responder ao sumo sacerdote?", perguntou ele.
23
Respondeu Jesus: "Se eu disse algo de mal, denuncie o mal. Mas se falei a verdade, por que me bateu?"
24
Então, Anás enviou[84] Jesus, de mãos amarradas, a Caifás, o sumo sacerdote.
25
Enquanto Simão Pedro estava se aquecendo, perguntaram-lhe: "Você não é um dos discípulos dele?" Ele negou, dizendo: "Não sou".
26
Um dos servos do sumo sacerdote, parente do homem cuja orelha Pedro cortara, insistiu: "Eu não o vi com ele no olival?"
27
Mais uma vez Pedro negou, e no mesmo instante um galo cantou.

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