1 Tessalonicenses
Autor: Paulo
Data: Cerca de 50 dC
Esboço de 1º Tessalonicenses
I. Começo típico da carta 1.1
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II. Lembrança do Ministério de Paulo 1.2-3.13
Agradecimentos à fé, esperança e caridade dos tessalonicenses 1.2-10
Como Paulo ministrou lá 2.1-12
Agradecimentos pela resistência dos tessalonicenses 2.13-16
Ansiedade de Paulo pelos tessalonicenses 2.17-20
Missão de Timóteo e Alívio de Paulo 3.1-10
Esperança contínua de Paulo de ver os tessalonicenses 3.11-13
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III. A espera da volta de Cristo 4.1-5.11
Para o presente: qualidades de estilo de vida 4.1-12
Para o futuro: a volta de Cristo 4.13-5.11
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IV. Conselhos finais 5.12-28
Respeito pelos líderes 5.12-13
Paz na comunidade 5.13
Ajuda aos necessitados 5.14
Vivência cristã 5.15-22
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Origem da Igreja em Tessalônica
O evangelho chegou à Europa pela primeira vez em 49 dC. Isso aconteceu quando em sua segunda viagem missionária, Paulo e seu grupo responderam à visão noturna do homem macedônio e navegaram de Trôade para a ilha egéia de Samotrácia e, depois para Neápolis (At 16.8-12) Aqui, o apóstolo encontrou a negociante Lídia, exorcizou o espírito de adivinhação de uma jovem escrava e foi publicamente espancado e erroneamente preso. Ao saber que Paulo e Silas eram cidadãos romanos, as autoridade imperiais se desculparam, libertaram os apóstolos e os incitaram a deixar a cidade (At 16.13-40).
Viajando cerca de 150 km em direção a sudeste, Paulo e Silas chegaram a Tessalônica. ?Como tinha por costume?, relata Lucas, Paulo foi para a sinagoga do local e pregou durante várias semanas, argumentando que Jesus, o filho do carpinteiro de Nazaré, era de fato o Ungido? o Messias? prometido há muito pelas escrituras (At 17.1-3). Aqui, Paulo estabelece a segunda maior igreja do continente europeu.
Tendo recebido o nome da irmã de um rei macedônio no final do séc. IV aC, a cidade de tessalônica era a capital do distrito da província romana da Macedônia e possuía um excelente porto natural . Localizava-se na famosa via Egnatia, uma grande estrada militar romana que ia desde a costa balcânica ocidental até a atual Istambul. E era governada por politarcas - uma classe de oficiais peculiar à região. (At 17.6 ?magistrados da cidade).
Os líderes Judeus não estavam contentes com a mudança dos seguidores da sinagoga . Eles então fizeram acusações de que Paulo e seu grupo tinham ?virado o mundo de cabeça para baixo? - Uma acusação muito séria, muito próxima da rebelião civil do que o dano público sugerido pelo longo uso de palavras familiares. Chamar Jesus de ?Senhor? era empregar um título de outra forma aplicado ao imperador: ?Todos estes procedem contra os decretos de César, dizendo que há outro rei, Jesus? (At 17.7) Muito possivelmente, as autoridades romanas que revisaram o caso tenha incluído os maridos das ?mulheres distintas? persuadidas por Paulo. A ira deles pode ter piorado as hostilidades judaicas.
Como não conseguiram encontrar Paulo, seu anfitrião Jasom foi preso, de modo que Paulo ter de pagar fiança. À noite, Paulo e Silas partiram secretamente para Beréia?100 km a sudeste. ?Mas, logo que os judeus de Tessalônica souberam que a palavra de Deus também era anunciada por Paulo em Beréia, foram lá e excitaram as multidões? (At 171.3). Portanto em três cidades sucessivamente? Filipos, Tessalônica e Beréia? Paulo e seu grupo partiram em meio à inquietação civil e tiveram seu trabalho interrompido no meio. Foi essa a recepção inicial do evangelho no continente europeu.
Data
Dos cálculos baseados na inscrição de Gálio? uma cópia pública de uma carta do imperador romano ao procônsul de Acaia? Pode-se afirma que 1 Ts foi escrito em 50 ou 51 dC
Características e Conteúdo
Escrita primeiro em um tom de alívio e gratidão, o livro é marcado pelo agradecimento em relação ao crescimento da igreja na ausência forçada de Paulo. A carta não contém um teologia elaborada como Rm, nenhuma repreensão ou heresia ameaçadora como Gl, nem conselhos pastorais extensivos como em 1Co.
Os caps. 1-3 ensaiam as lembranças de Paulo sobre seu ministério entre eles, sua preocupação com o estado da fé que eles tinham, a comissão de Timóteo para voltar a igreja, seu deleite notável em saber da fé inabalável deles
Os caps. 4-5 contêm as exortações características sobre assuntos como pureza sexual (4.1-8; 5.23), caridade responsável ( 4.9-12), estima e apoio aos líderes (5.12-13), paciência e prestabilidade em relação à várias necessidades humanas (5.14-15).
A resposta de Paulo encheu de esperança e, portanto, de consolo, aqueles que choravam pela perda de pessoas queridas. Os mortos em Cristo, na verdade, seriam os primeiros a serem ressuscitados. Os cristãos vivos se uniriam a eles e seriam arrebatados para encontrar o Senhor no ar este estar para sempre com ele, Um grande Consolo!.
A linguagem de Paulo descrevendo a vinda de Jesus dista dois milênios do vocabulário da tecnologia urbana. O povo mediterrâneo do séc. I estava bastante acostumado a chegada (?vinda?) esplendorosa, alegre e antecipada de um visitante ral. No dia indicado, os cidadãos sairiam da cidade para encontra o visitante real? que vinha com um amplo cortejo. Grito de aclamação e boas-vindas surgiriam à medida que ele passasse, e aqueles que rodeassem a estrada então se uniriam ao monarca que iria a um determinado. Ali seriam feitos reconhecimentos e premiações especiais (2.19). Havia alegria e admiração com a chegada esplendorosa do rei. Assim há de ser quando os vivos e os mortos forem para cima, para encontrar o rei que vem do céu.
O tema da volta de Cristo, embora concentrado em 4.13-18, também é abordado em 5.1-11. Na verdade, a vinda de Cristo acontece de um final de carta (1.10) ao outro (5.23). Cada capítulo em 1 Ts refere-se a esse acontecimento futuro decisivo.
Deus Pai Revelado
Deus, o Pai (1.1,3; 3.11,13), é a fonte da ira e do desagrado (2.15-16) àqueles que se opõem a ele, mas para aqueles que o servem, ele é o receptor de agradecimentos (1.2; 2.13; 3.9) e origem da salvação (5.9), coragem (2.2), paz (5.23) e aprovação (2.4). Deus ressuscitou Jesus e ressuscitará os mortos que confiaram nele (1.10; 4.14). Ele é o Deus vivo e genuíno (1.9), oposto de ídolos (1.9), a testemunha incontestável (2.5). A vontade de Deus se relaciona com a pureza moral (4.3,7), mas também com a ação de graças contínuas (5.18). Sua palavra, o ?evangelho de Deus?(2.2,8-9) notadamente chega através de palavras humanas (2.13; 4.8). Em 1Ts, como em vários lugares da Bíblia, Deus é a fonte e o fim de tudo o que se relaciona com a vida natural e espiritual.
Cristo Revelado
Jesus é o Filho de Deus (1.10), cuja morte e ressurreição (1.10; 2.14-15) fornecem um exemplo aos crentes que sofrem agora (1.6; 2.14-15) mas que, como ele mesmo, serão ressuscitados no futuro (1.10; 4.14,16). Os crentes de antes e de agora têm uma posição espiritual mística ?no Senhor? (1.1,3; 4.1; 5.18), que, todavia, é pratica o suficiente para ser a base do respeito pra governar os anciãos (5.12). A graça vem de Cristo (5.28).
Mas, acima de tudo, em 1Ts Cristo surge como o Rei que volta, o conquistador dos mortos, cuja volta esperada co céu (1.10) dá conforto aos aflitos (4.17-18; 5.11) e alegria aos que o esperam (2.19-20). Esse será seu dia, o ?Dia do Senhor? (5.2; 2Ts 2.2, ?Dia de Cristo?).
O Espírito Santo em Ação
Todos os cristãos podem afirmar que foi Deus quem ?nos deu também o seu ES? (4.8). O Espírito inspira alegria mesmo quando em meio à aflição (1.6). Quando o evangelho chegou em Tessalônica , ele não veio somente em palavras, ?mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza? (1.5), sugerindo uma mistura balanceada de discussão intelectual, o poder do Espírito (provavelmente com ?sinais? e maravilhas?) e profunda resposta pessoal. 1Ts 5.19-21 releva um caráter vivamente carismático do louvor em Tessalônica? a atividade profética que alguns estavam inclinados a conquistar, mas para o que Paulo pede aceitação verificada: suas palavras deveriam ser lidas ?a todos os santos irmãos? (5.27).