Daniel 3Daniel 4Apocalipse 11Daniel 3
1
O rei Nabucodonozor fez uma estátua de ouro, a altura da qual era de sessenta côvados, e a sua largura de seis côvados levantou-a no campo de Dura, na província de Babilônia.
2
Então o rei Nabucodonozor mandou ajuntar os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juízes, os magistrados, e todos os oficiais das províncias, para que viessem à dedicação da estátua que ele fizera levantar.
3
Então se ajuntaram os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juízes, os magistrados, e todos os oficiais das províncias, para a dedicação da estátua que o rei Nabucodonozor fizera levantar e estavam todos em pé diante da imagem.
4
E o pregoeiro clamou em alta voz: Ordena-se a vós, ó povos, nações e gentes de todas as línguas:
5
Logo que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e de toda a sorte de música, prostrar-vos-eis, e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonozor tem levantado.
6
E qualquer que não se prostrar e não a adorar, será na mesma hora lançado dentro duma fornalha de fogo ardente.
7
Portanto, no mesmo instante em que todos os povos ouviram o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, e de toda a sorte de música, se prostraram todos os povos, nações e línguas, e adoraram a estátua de ouro que o rei Nabucodonozor tinha levantado.
8
Ora, nesse tempo se chegaram alguns homens caldeus, e acusaram os judeus.
9
E disseram ao rei Nabucodonozor: Ó rei, vive eternamente.
10
Tu, ó rei, fizeste um decreto, pelo qual todo homem que ouvisse o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e de toda a sorte de música, se prostraria e adoraria a estátua de ouro
11
e qualquer que não se prostrasse e adorasse seria lançado numa fornalha de fogo ardente.
12
Há uns homens judeus, que tu constituíste sobre os negócios da província de Babilônia: Sadraque, Mesaque e Abednego estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti a teus deuses não servem, nem adoram a estátua de ouro que levantaste.
13
Então Nabucodonozor, na sua ira e fúria, mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abednego. Logo estes homens foram trazidos perante o rei.
14
Falou Nabucodonozor, e lhes disse: E verdade, ó Sadraque, Mesaque e Abednego, que vós não servis a meus deuses nem adorais a estátua de ouro que levantei?
15
Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e de toda a sorte de música, para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz, bom é mas, se não a adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro duma fornalha de fogo ardente e quem é esse deus que vos poderá livrar das minhas mãos?
16
Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei: Ó Nabucodonozor, não necessitamos de te responder sobre este negócio.
17
Eis que o nosso Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha de fogo ardente e ele nos livrará da tua mão, ó rei.
18
Mas se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.
19
Então Nabucodonozor se encheu de raiva, e se lhe mudou o aspecto do semblante contra Sadraque, Mesaque e Abednego e deu ordem para que a fornalha se aquecesse sete vezes mais do que se costumava aquecer
20
e ordenou a uns homens valentes do seu exército, que atassem a Sadraque, Mesaque e Abednego, e os lançassem na fornalha de fogo ardente.
21
Então estes homens foram atados, vestidos de seus mantos, suas túnicas, seus turbantes e demais roupas, e foram lançados na fornalha de fogo ardente.
22
Ora, tão urgente era a ordem do rei e a fornalha estava tão quente, que a chama do fogo matou os homens que carregaram a Sadraque, Mesaque e Abednego.
23
E estes três, Sadraque, Mesaque e Abednego, caíram atados dentro da fornalha de fogo ardente.
24
Então o rei Nabucodonozor se espantou, e se levantou depressa falou, e disse aos seus conselheiros: Não lançamos nós dentro do fogo três homens atados? Responderam ao rei: É verdade, ó rei.
25
Disse ele: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, e nenhum dano sofrem e o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses.
26
Então chegando-se Nabucodonozor à porta da fornalha de fogo ardente, falou, dizendo: Sadraque, Mesaque e Abednego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde! Logo Sadraque, Mesaque e Abednego saíram do meio do fogo.
27
E os sátrapas, os prefeitos, os governadores, e os conselheiros do rei, estando reunidos, viram que o fogo não tinha tido poder algum sobre os corpos destes homens, nem foram chamuscados os cabelos da sua cabeça, nem sofreram mudança os seus mantos, nem sobre eles tinha passado o cheiro de fogo.
28
Falou Nabucodonozor, e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, o qual enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele e frustraram a ordem do rei, escolhendo antes entregar os seus corpos, do que servir ou adorar a deus algum, senão o seu Deus.
29
Por mim, pois, é feito um decreto, que todo o povo, nação e língua que proferir blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, seja despedaçado, e as suas casas sejam feitas um monturo porquanto não há outro deus que possa livrar desta maneira.
30
Então o rei fez prosperar a Sadraque, Mesaque e Abednego na província de Babilônia.
topoDaniel 4
1
Nabucodonozor rei, a todos os povos, nações, e línguas, que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada.
2
Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.
3
Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração.
4
Eu, Nabucodonozor, estava sossegado em minha casa, e próspero no meu palácio.
5
Tive um sonho que me espantou e estando eu na minha cama, os pensamentos e as visões da minha cabeça me perturbaram.
6
Portanto expedi um decreto, que fossem introduzidos à minha presença todos os sábios de Babilônia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho.
7
Então entraram os magos, os encantadores, os caldeus, e os adivinhadores, e lhes contei o sonho mas não me fizeram saber a interpretação do mesmo.
8
Por fim entrou na minha presença Daniel, cujo nome é Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e no qual há o espírito dos deuses santos e eu lhe contei o sonho, dizendo:
9
Ó Beltessazar, chefe dos magos, porquanto eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum mistério te é difícil, dize-me as visões do meu sonho que tive e a sua interpretação.
10
Eram assim as visões da minha cabeça, estando eu na minha cama: eu olhava, e eis uma árvore no meio da terra, e grande era a sua altura
11
crescia a árvore, e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até o céu, e era vista até os confins da terra.
12
A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e dela se mantinha toda a carne.
13
Eu via isso nas visões da minha cabeça, estando eu na minha cama, e eis que um vigia, um santo, descia do céu.
14
Ele clamou em alta voz e disse assim: Derrubai a árvore, e cortai-lhe os ramos, sacudi as suas folhas e espalhai o seu fruto afugentem-se os animais de debaixo dela, e as aves dos seus ramos.
15
Contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes, numa cinta de ferro e de bronze, no meio da tenra relva do campo e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra.
16
Seja mudada a sua mente, para que não seja mais a de homem, e lhe seja dada mente de animal e passem sobre ele sete tempos.
17
Esta sentença é por decreto dos vigias, e por mandado dos santos a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer, e até o mais humilde dos homens constitui sobre eles.
18
Este sonho eu, rei Nabucodonozor, o vi. Tu, pois, Beltessazar, dize a interpretação porquanto todos os sábios do meu reino não puderam fazer-me saber a interpretação mas tu podes pois há em ti o espírito dos deuses santos.
19
Então Daniel, cujo nome era Beltessazar, esteve atônito por algum tempo, e os seus pensamentos o perturbaram. Falou, pois, o rei e disse: Beltessazar, não te espante o sonho, nem a sua interpretação. Respondeu Beltessazar, e disse: Senhor meu, seja o sonho para os que te odeiam, e a sua interpretação para os teus inimigos:
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A árvore que viste, que cresceu, e se fez forte, cuja altura chegava até o céu, e que era vista por toda a terra
21
cujas folhas eram formosas, e o seu fruto abundante, e em que para todos havia sustento, debaixo da qual os animais do campo achavam sombra, e em cujos ramos habitavam as aves do céu
22
és ,tu, ó rei, que cresceste, e te fizeste forte pois a tua grandeza cresceu, e chegou até o céu, e o teu domínio até a extremidade da terra.
23
E quanto ao que viu o rei, um vigia, um santo, que descia do céu, e que dizia: Cortai a árvore, e destruí-a contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes, numa cinta de ferro e de bronze, no meio da tenra relva do campo e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais do campo, até que passem sobre ele sete tempos
24
esta é a interpretação, ó rei é o decreto do Altíssimo, que é vindo sobre o rei, meu senhor:
25
serás expulso do meio dos homens, e a tua morada será com os animais do campo, e te farão comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu, e passar-se-ão sete tempos por cima de ti até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.
26
E quanto ao que foi dito, que deixassem o tronco com as raízes da árvore, o teu reino voltará para ti, depois que tiveres conhecido que o céu reina.
27
Portanto, ó rei, aceita o meu conselho, e põe fim aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres, se, porventura, se prolongar a tua tranqüilidade.
28
Tudo isso veio sobre o rei Nabucodonozor.
29
Ao cabo de doze meses, quando passeava sobre o palácio real de Babilônia,
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falou o rei, e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a morada real, pela força do meu poder, e para a glória da minha majestade?
31
Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonozor: Passou de ti o reino.
32
E serás expulso do meio dos homens, e a tua morada será com os animais do campo far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.
33
Na mesma hora a palavra se cumpriu sobre Nabucodonozor, e foi expulso do meio dos homens, e comia erva como os bois, e o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceu o cabelo como as penas da águia, e as suas unhas como as das aves:
34
Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonozor, levantei ao céu os meus olhos, e voltou a mim o meu entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre porque o seu domínio é um domínio sempiterno, e o seu reino é de geração em geração.
35
E todos os moradores da terra são reputados em nada e segundo a sua vontade ele opera no exército do céu e entre os moradores da terra não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?
36
No mesmo tempo voltou a mim o meu entendimento e para a glória do meu reino voltou a mim a minha majestade e o meu resplendor. Buscaram-me os meus conselheiros e os meus grandes e fui restabelecido no meu reino, e foi-me acrescentada excelente grandeza.
37
Agora, pois, eu, Nabucodonozor, louvo, e exalço, e glorifico ao Rei do céu porque todas as suas obras são retas, e os seus caminhos justos, e ele pode humilhar aos que andam na soberba.
topoApocalipse 11
1
Foi-me dada uma cana semelhante a uma vara e foi-me dito: Levanta-te, mede o santuário de Deus, e o altar, e os que nele adoram.
2
Mas deixa o átrio que está fora do santuário, e não o meças porque foi dado aos gentios e eles pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.
3
E concederei às minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e sessenta dias.
4
Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do Senhor da terra.
5
E, se alguém lhes quiser fazer mal, das suas bocas sairá fogo e devorará os seus inimigos pois se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.
6
Elas têm poder para fechar o céu, para que não chova durante os dias da sua profecia e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem.
7
E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra e as vencerá e matará.
8
E jazerão os seus corpos na praça da grande cidade, que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado.
9
Homens de vários povos, e tribos e línguas, e nações verão os seus corpos por três dias e meio, e não permitirão que sejam sepultados.
10
E os que habitam sobre a terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão e mandarão presentes uns aos outros, porquanto estes dois profetas atormentaram os que habitam sobre a terra.
11
E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles, e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.
12
E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para cá. E subiram ao céu em uma nuvem e os seus inimigos os viram.
13
E naquela hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens e os demais ficaram atemorizados, e deram glória ao Deus do céu.
14
É passado o segundo ai eis que cedo vem o terceiro.
15
E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.
16
E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus,
17
dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, porque tens tomado o teu grande poder, e começaste a reinar.
18
Iraram-se, na verdade, as nações então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.
19
Abriu-se o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu pacto e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande saraivada.
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