Juízes 9Marcos 6.1-29Juízes 9
1
Abimeleque, filho de Jerubaal, foi aos irmãos de sua mãe em Siquém e disse a eles e a todo o clã da família de sua mãe:
2
"Perguntem a todos os cidadãos de Siquém o que é melhor para eles, ter todos os setenta filhos de Jerubaal governando sobre eles, ou somente um homem? Lembrem-se de que eu sou sangue do seu sangue[29]".
3
Os irmãos de sua mãe repetiram tudo aos cidadãos de Siquém, e estes se mostraram propensos a seguir Abimeleque, pois disseram: "Ele é nosso irmão".
4
Deram-lhe setenta peças[30] de prata tiradas do templo de Baal-Berite, as quais Abimeleque usou para contratar alguns desocupados e vadios, que se tornaram seus seguidores.
5
Foi à casa de seu pai em Ofra e matou seus setenta irmãos, filhos de Jerubaal, sobre uma rocha. Mas Jotão, o filho mais novo de Jerubaal, escondeu-se e escapou.
6
Então todos os cidadãos de Siquém e de Bete-Milo reuniram-se ao lado do Carvalho, junto à coluna de Siquém, para coroar Abimeleque rei.
7
Quando Jotão soube disso, subiu ao topo do monte Gerizim e gritou para eles: Ouçam-me, cidadãos de Siquém, para que Deus os ouça.
8
Certo dia as árvores saíram para ungir um rei para si. Disseram à oliveira: "Seja o nosso rei!"
9
A oliveira, porém, respondeu: "Deveria eu renunciar ao meu azeite, com o qual se presta honra aos deuses e aos homens, para dominar sobre as árvores?"
10
Então as árvores disseram à figueira: "Venha ser o nosso rei!"
11
A figueira, porém, respondeu: "Deveria eu renunciar ao meu fruto saboroso e doce, para dominar sobre as árvores?"
12
Depois as árvores disseram à videira: "Venha ser o nosso rei!"
13
A videira, porém, respondeu: "Deveria eu renunciar ao meu vinho, que alegra os deuses e os homens, para ter domínio sobre as árvores?"
14
Finalmente todas as árvores disseram ao espinheiro: "Venha ser o nosso rei!"
15
O espinheiro disse às árvores: "Se querem realmente ungir-me rei sobre vocês, venham abrigar-se à minha sombra; do contrário, sairá fogo do espinheiro e consumirá até os cedros do Líbano!"
16
Será que vocês agiram de fato com sinceridade quando fizeram Abimeleque rei? Foram justos com Jerubaal e sua família, como ele merecia?
17
Meu pai lutou por vocês e arriscou a vida para livrá-los das mãos de Midiã.
18
Hoje, porém, vocês se revoltaram contra a família de meu pai, mataram seus setenta filhos sobre a mesma rocha, e proclamaram Abimeleque, o filho de sua escrava, rei sobre os cidadãos de Siquém pelo fato de ser irmão de vocês.
19
Se hoje vocês de fato agiram com sinceridade para com Jerubaal e sua família, alegrem-se com Abimeleque, e alegre-se ele com vocês!
20
Entretanto, se não foi assim, que saia fogo de Abimeleque e consuma os cidadãos de Siquém e de Bete-Milo, e que saia fogo dos cidadãos de Siquém e de Bete-Milo, e consuma Abimeleque!
21
Depois Jotão fugiu para Beer, onde ficou morando, longe de seu irmão Abimeleque.
22
Fazia três anos que Abimeleque governava Israel,
23
quando Deus enviou um espírito maligno entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém, e estes agiram traiçoeiramente contra Abimeleque.
24
Isso aconteceu para que o crime contra os setenta filhos de Jerubaal, o derramamento do sangue deles, fosse vingado em seu irmão Abimeleque e nos cidadãos de Siquém que o ajudaram a assassinar os seus irmãos.
25
Os cidadãos de Siquém enviaram homens para o alto das colinas para emboscarem os que passassem por ali, e Abimeleque foi informado disso.
26
Nesse meio tempo Gaal, filho de Ebede, mudou-se com seus parentes para Siquém, cujos cidadãos confiavam nele.
27
Sucedeu que foram ao campo, colheram uvas, pisaram-nas, e fizeram uma festa no templo do seu deus. Comendo e bebendo, amaldiçoaram Abimeleque.
28
Então Gaal, filho de Ebede, disse: Quem é Abimeleque para que o sirvamos? E quem é Siquém? Não é ele o filho de Jerubaal, e não é Zebul o seu representante? Sirvam aos homens de Hamor, o pai de Siquém! Por que servir a Abimeleque?
29
Ah! Se eu tivesse esse povo sob o meu comando! Eu me livraria de Abimeleque e lhe diria: Mobilize o seu exército e venha! [31]
30
Quando Zebul, o governante da cidade, ouviu o que dizia Gaal, filho de Ebede, ficou indignado.
31
Secretamente enviou mensageiros a Abimeleque dizendo: Gaal, filho de Ebede, e seus parentes vieram a Siquém e estão agitando a cidade contra você.
32
Venha de noite, você e seus homens, e fiquem à espera no campo.
33
De manhã, ao nascer do sol, avance contra a cidade. Quando Gaal e sua tropa atacarem, faça com eles o que achar melhor.
34
E assim Abimeleque e todas as suas tropas partiram de noite e prepararam emboscadas perto de Siquém, em quatro companhias.
35
Ora, Gaal, filho de Ebede, tinha saído e estava à porta da cidade quando Abimeleque e seus homens saíram da sua emboscada.
36
Quando Gaal os viu, disse a Zebul: "Veja, vem gente descendo do alto das colinas!" Zebul, porém, respondeu: "Você está confundindo as sombras dos montes com homens".
37
Mas Gaal tornou a falar: "Veja, vem gente descendo da parte central do território[32], e uma companhia está vindo pelo caminho do carvalho dos Adivinhadores".
38
Disse-lhe Zebul: "Onde está toda aquela sua conversa? Você dizia: "Quem é Abimeleque, para que o sirvamos?" Não são estes os homens que você ridicularizou? Saia e lute contra eles!"
39
Então Gaal conduziu para fora os[33] cidadãos de Siquém e lutou contra Abimeleque.
40
Abimeleque o perseguiu, e ele fugiu. Muitos dos homens de Siquém caíram mortos ao longo de todo o caminho, até a porta da cidade.
41
Abimeleque permaneceu em Arumá, e Zebul expulsou Gaal e os seus parentes de Siquém.
42
No dia seguinte o povo de Siquém saiu aos campos, e Abimeleque ficou sabendo disso.
43
Então dividiu os seus homens em três companhias e armou emboscadas no campo. Quando viu o povo saindo da cidade, levantou-se contra ele e atacou-o.
44
Abimeleque e as tropas que estavam com ele avançaram até a porta da cidade. Então duas companhias avançaram sobre os que estavam nos campos e os mataram.
45
E Abimeleque atacou a cidade o dia todo, até conquistá-la e matar o seu povo. Depois destruiu a cidade e espalhou sal sobre ela.
46
Ao saberem disso, os cidadãos que estavam na torre de Siquém entraram na fortaleza do templo de El-Berite.
47
Quando Abimeleque soube que se haviam reunido lá,
48
ele e todos os seus homens subiram o monte Zalmom. Ele apanhou um machado, cortou um galho de árvore e o pôs nos ombros. Então deu esta ordem aos homens que estavam com ele: "Rápido! Façam o que eu estou fazendo!"
49
Todos os homens cortaram galhos e seguiram Abimeleque. Empilharam os galhos junto à fortaleza e a incendiaram. Assim morreu também o povo que estava na torre de Siquém, cerca de mil homens e mulheres.
50
A seguir Abimeleque foi a Tebes, sitiou-a e conquistou-a.
51
Mas dentro da cidade havia uma torre bastante forte, para a qual fugiram todos os homens e mulheres, todo o povo da cidade. Trancaram-se por dentro e subiram para o telhado da torre.
52
Abimeleque foi para a torre e atacou-a. E, quando se aproximava da entrada da torre para incendiá-la,
53
uma mulher jogou uma pedra de moinho na cabeça dele, e lhe rachou o crânio.
54
Imediatamente ele chamou seu escudeiro e lhe ordenou: "Tire a espada e mate-me, para que não digam que uma mulher me matou". Então o jovem o atravessou, e ele morreu.
55
Quando os israelitas viram que Abimeleque estava morto, voltaram para casa.
56
Assim Deus retribuiu a maldade que Abimeleque praticara contra o seu pai, matando os seus setenta irmãos.
57
Deus fez também os homens de Siquém pagarem por toda a sua maldade. A maldição de Jotão, filho de Jerubaal, caiu sobre eles.
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1-29
1
Jesus saiu dali e foi para a sua cidade, acompanhado dos seus discípulos.
2
Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga, e muitos dos que o ouviam ficavam admirados. "De onde lhe vêm estas coisas?", perguntavam eles. "Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E estes milagres que ele faz?
3
Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Não estão aqui conosco as suas irmãs? E ficavam escandalizados por causa dele.
4
Jesus lhes disse: "Só em sua própria terra, entre seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não tem honra".
5
E não pôde fazer ali nenhum milagre, exceto impor as mãos sobre alguns doentes e curá-los.
6
E ficou admirado com a incredulidade deles. Então Jesus passou a percorrer os povoados, ensinando.
7
Chamando os Doze para junto de si, enviou-os de dois em dois e deu-lhes autoridade sobre os espíritos imundos.
8
Estas foram as suas instruções: Não levem nada pelo caminho, a não ser um bordão. Não levem pão, nem saco de viagem, nem dinheiro em seus cintos;
9
calcem sandálias, mas não levem túnica extra;
10
sempre que entrarem numa casa, fiquem ali até partirem;
11
e, se algum povoado não os receber nem os ouvir, sacudam a poeira dos seus pés quando saírem de lá, como testemunho contra eles.
12
Eles saíram e pregaram ao povo que se arrependesse.
13
Expulsavam muitos demônios e ungiam muitos doentes com óleo, e os curavam.
14
O rei Herodes ouviu falar dessas coisas, pois o nome de Jesus havia se tornado bem conhecido. Algumas pessoas estavam dizendo[12]: "João Batista ressuscitou dos mortos! Por isso estão operando nele poderes milagrosos".
15
Outros diziam: "Ele é Elias". E ainda outros afirmavam: "Ele é um profeta, como um dos antigos profetas".
16
Mas quando Herodes ouviu essas coisas, disse: "João, o homem a quem decapitei, ressuscitou dos mortos!"
17
Pois o próprio Herodes tinha dado ordens para que prendessem João, o amarrassem e o colocassem na prisão, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, com a qual se casara.
18
Porquanto João dizia a Herodes: "Não te é permitido viver com a mulher do teu irmão".
19
Assim, Herodias o odiava e queria matá-lo. Mas não podia fazê-lo,
20
porque Herodes temia João e o protegia, sabendo que ele era um homem justo e santo; e quando o ouvia, ficava perplexo[13]. Mesmo assim gostava de ouvi-lo.
21
Finalmente Herodias teve uma ocasião oportuna. No seu aniversário, Herodes ofereceu um banquete aos seus líderes mais importantes, aos comandantes militares e às principais personalidades da Galiléia.
22
Quando a filha de Herodias entrou e dançou, agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: "Peça-me qualquer coisa que você quiser, e eu lhe darei".
23
E prometeu-lhe sob juramento: "Seja o que for que me pedir, eu lhe darei, até a metade do meu reino".
24
Ela saiu e disse à sua mãe: "Que pedirei?" "A cabeça de João Batista", respondeu ela.
25
Imediatamente a jovem apressou-se em apresentar-se ao rei com o pedido: "Desejo que me dês agora mesmo a cabeça de João Batista num prato".
26
O rei ficou aflito, mas, por causa do seu juramento e dos convidados, não quis negar o pedido à jovem.
27
Enviou, pois, imediatamente um carrasco com ordens para trazer a cabeça de João. O homem foi, decapitou João na prisão
28
e trouxe sua cabeça num prato. Ele a entregou à jovem, e esta a deu à sua mãe.
29
Tendo ouvido isso, os discípulos de João vieram, levaram o seu corpo e o colocaram num túmulo.
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