1 Samuel 201 Samuel 211 Samuel 22Marcos 14.1-261 Samuel 20
1
ENTÃO DAVI FUGIU de Naiote, em Ramá, e encontrou a Jônatas. "Que foi que eu fiz?" exclamou Davi. "Qual é o meu crime? Por que seu pai está sempre querendo matar-me?"
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"Isso não é verdade!" Jônatas afirmou "Tenho certeza de que ele não planeja tal coisa, pois ele sempre me conta tudo o que pretende fazer, mesmo as coisas sem importância. Sei que meu pai não deixaria de falar comigo sobre um assunto dessa natureza. Nem pense nisso."
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"É claro que você não sabe nada a esse respeito!" disse Davi aborrecido. "Seu pai conhece perfeitamente a nossa amizade; por isso ele disse para si mesmo: 'Não vou contar a Jônatas para que eu iria deixá-lo magoado?' Mas a verdade é que estou bem perto da morte! Juro pelo Senhor e pela sua própria alma!"
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Então Jônatas implorou: "Diga-me o que posso fazer por você."
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E Davi respondeu: "Amanhã começa a festa da lua nova. Anteriormente, eu sempre me assentava com seu pai para esta ocasião, mas amanhã eu me esconderei no campo e ficarei ali, até à noitinha do terceiro dia.
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Se o seu pai perguntar onde estou, diga a ele que pedi permissão para ir à minha casa, em Belém, porque ia haver uma reunião solene anual da família.
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Se ele disser 'Está bem', então saberei que tudo está em paz. Mas se ele ficar zangado, então saberei que ele planeja matar-me.
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Faça isto por mim, como irmão, pelo trato que fizemos na presença do Senhor. Ou então você mesmo me mate, se eu cometi alguma falta contra seu pai; mas não me entregue a ele!"
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"Claro que eu não iria fazer uma coisa dessas!" exclamou Jônatas. "Então você pensa que eu não diria, se soubesse que meu pai planejava matar você?"
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Davi perguntou a Jônatas: "Como é que saberei se o seu pai está ou não zangado?"
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"Venha ao campo comigo", respondeu Jônatas. E os dois foram juntos para lá.
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Então Jônatas disse a Davi: "Prometo, pelo Senhor Deus de Israel, que amanhã a estas horas, ou o mais tardar no dia seguinte, falarei a meu pai a seu respeito, e imediatamente farei você saber o que ele pensa.
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Se ele estiver zangado, e quiser matá-lo, então que o Senhor me mate se eu não contar a você, para que você possa escapar e viver. Que o Senhor seja com você, como ele era com meu pai.
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E lembre-se de que você deve demonstrar o amor e a bondade do Senhor não somente enquanto eu viver
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mas também a meus filhos, depois que o Senhor tiver destruído todos os seus inimigos."
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De modo que Jônatas fez um contrato com a família de Davi, e Davi jurou cumprir esse contrato, com uma terrível maldição contra si próprio e seus filhos, caso ele fosse infiel à sua promessa.
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E Jônatas fez Davi jurar de novo, desta vez pelo amor que Davi lhe dedicava, porque Jônatas amava a Davi, como a si próprio.
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Depois Jônatas disse: "Sim, amanhã eles vão notar a sua ausência na festa da lua nova quando o seu lugar à mesa estiver vazio.
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Depois de amanhã, todos vão perguntar por você. Por isso fique no esconderijo onde você esteve antes, junto ao monte de pedras, na terceira manhã
20
eu sairei e atirarei três flechas para os lados do monte, como se atirasse no alvo.
21
Então mandarei o moço trazer de volta as flechas. Se você me ouvir dizer a ele: 'As flechas estão deste lado', então saberá que tudo está bem, e que não há problema.
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Mas se eu disser a ele: 'Vá mais para a frente - as flechas estão adiante de você', então significa que você deve partir imediatamente.
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E que o Senhor nos ajude a cumprir as promessas que fizemos um ao outro diante dEle, que está entre nós dois para sempre."
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Davi saiu dali e foi esconder-se no campo. Quando começou a festa da lua nova, o rei assentou-se para comer em seu lugar de costume, encostado à parede. Jônatas assentou-se defronte dele, e Abner estava assentado ao lado de Saul, mas o lugar de Davi estava vazio.
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Saul não disse nada, naquele dia, sobre a ausência de Davi, pois ele pensava que havia acontecido alguma coisa, de maneira que Davi não estava em condições de participar da cerimônia por algum motivo especial.
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Mas quando o seu lugar ficou vazio também no dia seguinte, Saul perguntou a Jônatas: "Por que motivo Davi não esteve ontem aqui para a refeição, e também não está hoje?"
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"Ele me perguntou se podia ir a Belém tomar parte numa festa religiosa da família", respondeu Jônatas. "O irmão dele exigiu que ele estivesse lá, e Davi me pediu licença para ir, como favor muito especial, de maneira que eu lhe disse que podia ir."
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Saul ficou louco da vida. "Você é um tolo, filho de uma mulher perversa e rebelde", disse Saul furioso. "Pensa que eu não sei que você quer que este filho de Jessé seja rei em seu lugar, para vergonha de você mesmo e de sua mãe?
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Enquanto ele viver, você nunca será rei. Agora vá buscá-lo para que eu o mate!"
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"Mas o que ele fez?" perguntou Jônatas. "Por que deve ele morrer?"
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Então Saul atirou sua lança contra Jônatas, tencionando matá-lo; com isso, finalmente, Jônatas reconheceu que seu pai estava, na verdade, falando sério quando disse que Davi devia morrer.
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Jônatas saiu da mesa cheio de raiva e durante aquele dia não quis comer nada, pois ficou muito magoado com a atitude vergonhosa de seu pai para com Davi.
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Na manhã seguinte, conforme estava combinado, Jônatas foi ao campo e levou um rapaz consigo para apanhar as flechas.
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"Comece a correr", disse ele ao moço, "para que você possa encontrar as flechas quando eu as atirar!" Então o rapaz correu e Jônatas atirou uma flecha para além dele.
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Quando o rapaz quase alcançou a flecha, Jônatas gritou: "A flecha está adiante de você.
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Depressa, corra, não espere." De modo que o rapaz, com toda rapidez, ajuntou as flechas e voltou ao seu senhor.
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Naturalmente, o rapaz não entendia o que Jônatas pretendia dizer; só Jônatas e Davi é que sabiam.
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Então Jônatas entregou seu arco e as flechas ao moço e mandou que os levasse de volta à cidade.
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Assim que o rapaz voltou, Davi saiu de onde estava escondido, perto da margem sul do campo, e ele e Jônatas se abraçaram e choraram muito; Davi não parava de chorar.
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Por fim, Jônatas disse a Davi: "Coragem, pois nós confiamos a nós mesmos e a nossos filhos à proteção do Senhor para sempre."
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Assim eles se separaram; Davi tomou outro rumo, e Jônatas voltou à cidade.
topo1 Samuel 21
1
DAVI SE DIRIGIU à cidade de Nobe para encontrar o sacerdote Aimeleque. Aimeleque ficou preocupado quando viu Davi, mas foi ao seu encontro. "Por que está sozinho?" perguntou o sacerdote. "Por que ninguém veio com você? "
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"O rei me mandou tratar de um assunto particular", Davi respondeu. "Ele me proibiu de dizer a qualquer pessoa porque estou aqui. Eu disse aos meus homens onde eles podem encontrar-me mais tarde.
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Agora, o que tem para comer? Dê-me cinco pães, ou alguma coisa mais que puder."
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"Não temos pão comum," respondeu o sacerdote; "temos somente o pão sagrado; acho que você pode levar esses pães, desde que os seus homens não tenham estado com mulheres."
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"Fique sossegado", respondeu Davi. ''Eu nunca permito que meus homens façam o que bem entendem quando saem para uma expedição, e uma vez que eles permanecem puros, mesmo em viagens de rotina, quanto mais agora nesta viagem!"
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Então, já que não havia outro alimento disponível, o sacerdote deu a Davi o pão sagrado o chamado Pão da Presença, que era colocado perante o Senhor no Tabernáculo. Por sinal que esses pães tinham sido substituídos naquele dia por pães frescos.
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Ora, Doegue, o edomita, chefe dos pastores de Saul, estava ali naquela ocasião, para cumprir uma cerimônia religiosa ordenada na lei.
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Davi perguntou a Aimeleque se havia ali uma lança ou espada que ele pudesse usar. "O assunto do rei exigia tanta urgência, que na pressa de sair eu não peguei nenhuma arma!" explicou ele.
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"Bem," respondeu o sacerdote, "tenho a espada de Golias, o filisteu - aquele que você matou no vale de Elá. Está embrulhada num pano, atrás do manto do sacerdote. Leve-a, se você quiser, porque não temos nada mais aqui." "Essa mesma é que eu quero", respondeu Davi. "Pode me dar!"
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Então Davi saiu depressa, pois tinha medo de Saul; e foi para a casa de Aquis, rei de Gate.
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Mas os oficiais de Aquis não gostaram nada da presença de Davi naquela casa. "Não é este o principal chefe de Israel?" perguntaram os oficiais. "Não é este que o povo honrava em suas danças, cantando 'Saul matou seus milhares, e Davi matou seus dez milhares'?"
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Davi ouviu esses comentários, e teve medo do que o rei Aquis pudesse fazer-lhe
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de modo que se fingia de doido! Arranhava as portas e deixava a saliva escorrer pela barba.
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O rei Aquis já não agüentava mais ver aquilo; por isso disse aos seus homens: "Era preciso que me trouxessem esse doido? Já temos malucos de sobra por aqui! Devo ter esse homem como hóspede?"
topo1 Samuel 22
1
DAVI SAIU DE Gate e foi se esconder na caverna de Adulão, onde seus irmãos e outros parentes logo se juntaram a ele.
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A seguir começaram a chegar outros - aqueles que estavam em alguma dificuldade; por exemplo, os que tinham dívidas, ou simplesmente estavam descontentes, até que Davi veio a ser o chefe de uns quatrocentos homens.
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Mais tarde Davi foi a Mispa, em Moabe, pedir permissão ao rei para que seu pai e sua mãe morassem ali sob a proteção real, até que Davi soubesse o que Deus ia fazer dele.
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Ficaram em Moabe durante todo o tempo em que Davi morou na caverna.
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Um dia o profeta Gade disse para Davi deixar de se esconder na caverna e voltar para a terra de Judá. Davi foi então para o bosque de Herete.
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Saul logo ficou sabendo da chegada de Davi em Judá. Nessa ocasião, Saul estava em Gibeá, sentado sob um carvalho, com a sua lança na mão e cercado por seus oficiais.
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"Escutem o que vou dizer a vocês, homens de Benjamim!" exclamou Saul, quando ouviu a notícia. "Davi lhes prometeu terras e plantações de uvas e postos no seu exército, não é verdade?
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É por isso que vocês estão contra mim? Pois nenhum de vocês jamais me disse que meu próprio filho está do lado de Davi. Vocês nem mesmo lamentam a minha sorte. Pensem nisso! Meu próprio filho - instigando Davi para me matar!"
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Então Doegue, o edomita, que estava ali com os homens de Saul, disse: "Quando eu estava em Nobe, vi que Davi falava com o sacerdote Aimeleque, filho de Aitube. Também vi Aimeleque consultar ao Senhor para descobrir o que Davi deveria fazer, e depois ele deu a Davi alimento e a espada de Golias, o filisteu."
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Imediatamente o rei Saul mandou chamar o sacerdote Aimeleque, filho de Aitube, e todos os outros sacerdotes que estavam em Nobe, da família dele. Quando chegaram, Saul gritou para eles: "Escute o que vou dizer, filho de Aitube!" "O que há?" perguntou Aimeleque.
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"Por que você e Davi conspiraram contra mim?" indagou Saul. "Por que você deu a ele alimento e uma espada, e ainda falou com Deus em favor dele? Por que você deu conselhos a ele, para que se revoltasse contra mim e viesse me atacar?"
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"Mas senhor", respondeu Aimeleque, "por acaso há alguém entre os servidores do rei, que seja tão fiel como Davi, seu genro? Ora, ele é o capitão da guarda pessoal do rei, e um membro muito honrado da casa real!
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Por certo que esta foi a primeira vez que eu consultei a Deus em favor dele! Não é justo que o rei me acuse e acuse a minha família nesta questão, pois nada sabemos de nenhum plano contra o rei."
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"Você deve morrer, Aimeleque, junto com toda a sua família!" gritou o rei.
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Saul ordenou aos seus guarda-costas: "Matem esses sacerdotes, pois eles são aliados de Davi, e são traidores; eles sabiam que Davi estava fugindo de mim, porém não me disseram nada!" Mas os soldados não quiseram matar os sacerdotes.
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Então o rei disse a Doegue: "Mate-os você." E Doegue se atirou sobre eles, e os matou. Ao todo eram oitenta e cinco sacerdotes, todos eles usando o manto de sacerdote.
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Depois Doegue foi a Nobe, a cidade dos sacerdotes, e matou as famílias deles - homens, mulheres, crianças, nenês de colo, e também todos os bois, jumentos e ovelhas.
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Somente escapou Abiatar, um dos filhos de Aimeleque, que fugiu para a companhia de Davi.
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Quando Abiatar contou o que Saul tinha feito
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Davi exclamou: "Eu sabia disso! Quando vi Doegue ali, sabia que ele contaria a Saul. Agora causei a morte de todos os da família de seu pai.
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Fique aqui comigo, e eu protegerei a você, com a minha própria vida. Ninguém fará mal a você, sem primeiro passar por cima do meu cadáver."
topoMarcos 14
1-26
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DOIS DIAS depois começava a festa da Páscoa - um dia santo judaico anual, quando não se comia pão feito com fermento. Os sacerdotes principais e outros líderes judaicos ainda estavam procurando uma oportunidade para prender Jesus secretamente e entregá-lO à morte.
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"Mas não podemos fazer isto durante a Páscoa", diziam eles, "senão haverá uma revolta"
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Enquanto isso Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso; durante o jantar, entrou uma mulher com um belo frasco de perfume caro. Abrindo-o, ela derramou tudo sobre a cabeça dEle.
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Alguns dos que estavam à mesa ficaram indignados entre si por causa deste "desperdício", como diziam eles. "Mas como! Ela podia ter vendido aquele perfume por uma fortuna e dar o dinheiro aos pobres!" resmungavam.
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Alguns dos que estavam à mesa ficaram indignados entre si por causa deste "desperdício", como diziam eles. "Mas como! Ela podia ter vendido aquele perfume por uma fortuna e dar o dinheiro aos pobres!" resmungavam.
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Mas Jesus disse: "Deixem-na em paz; por que criticá-la por haver feito uma coisa boa?
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Vocês sempre têm os pobres entre vocês, e eles necessitam grandemente de auxilio; e podem socorrê-los sempre que quiserem, porém Eu não vou ficar aqui por muito tempo.
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Ela fez o que podia, e antes do tempo ungiu o meu corpo para a sepultura.
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Eu lhes digo que verdadeiramente, em todo lugar onde a Boa Nova for pregada pelo mundo, o feito desta mulher será lembrado e elogiado" .
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Então Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, foi aos sacerdotes principais combinar para lhes entregar Jesus.
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Quando os sacerdotes principais souberam por que ele tinha vindo, ficaram alegres, e lhe prometeram uma recompensa. Então ele começou a procurar o momento e o lugar certos para trair Jesus.
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No primeiro dia da Páscoa, quando os cordeiros eram sacrificados, os discípulos perguntaram a Jesus onde Ele queria comer a ceia tradicional.
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Ele mandou dois deles a Jerusalém fazer os preparativos. "Quando estiverem andando para lá", disse-lhes Ele, "vocês verão um homem que vem em sua direção carregando uma vasilha de água. Vão atrás dele.
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Onde ele entrar, digam ao dono da casa: O nosso Mestre nos mandou ver a sala que o senhor preparou para nela comermos a ceia da Páscoa esta noite!
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Ele levará vocês para cima, a uma sala grande toda arrumada. Preparem a nossa ceia ali".
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Então os dois discípulos foram para a cidade, acharam tudo como Jesus tinha dito, e prepararam a Páscoa.
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Ao anoitecer, Jesus chegou com os outros discípulos.
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E quando eles estavam à mesa, comendo, Jesus disse: "Eu declaro que verdadeiramente um de vocês vai Me trair, um de vocês que está aqui, comendo comigo".
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Uma tristeza enorme se estendeu sobre eles, e perguntavam-Lhe um a um: "Serei eu?"
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Ele respondeu: "É um de vocês doze que estão comendo comigo agora".
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Eu devo morrer, como os profetas declararam há muito tempo; mas, oh! Que infelicidade espera o homem por meio de quem Estou sendo traído! Antes ele nunca tivesse nascido!"
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Enquanto eles estavam comendo, Jesus tomou um pão e pediu a bênção de Deus sobre ele; depois, partiu-o em pedaços, deu a eles e disse: "Comam-no isto é o meu corpo".
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Depois tomou um cálice de vinho, deu por ele graças a Deus e lhes ofereceu; todos beberam dele.
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Em seguida lhes disse: "Isto é o meu sangue, derramado a favor de muitos, para firmar o novo pacto entre Deus e o homem".
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"Declaro verdadeiramente que nunca mais provarei vinho até o dia em que beber de qualidade muito melhor e, no Reino de Deus".
26
Então eles cantaram um hino e saíram para o Monte das Oliveiras.
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